Sentido único

Vim aqui só dar um saltinho, para informar os que por aqui ainda aparecerem, que criei um novo blogue. Se acharem que vale alguma coisa aquilo que tenho para dizer, visitem-me aqui:

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por Fernando Publicado em Geral

Até sempre!

Retiraram direitos aos trabalhadores, precarizaram mais o emprego, congelaram vencimentos, diminuíram salários reais, cresceu o desemprego, aumentou o tempo de trabalho, baixaram as comparticipações em actos médicos e em medicamentos aos mais idosos, baixaram os valores das reformas, dos subsídios de desemprego, aumentaram os impostos, as taxas moderadoras, as propinas, os combustíveis, os transportes, as rendas de casa, fecharam-se escolas, cantinas, hospitais, maternidades, aumentou o fosso entre ricos e pobres e a miséria e a fome está presente em muitas famílias … tudo em nome de um amanhã melhor para todos. Mentiroso e traidor este Governo!

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Bom Natal!

Menino:
Hoje
que é noite
do teu
Natal,
venho pôr
na lareira
que não se acendeu
em todo o dia,
a minha bota
rota,
à espera da tua
prenda.

Tu
que, como eu,
és filho de gente
pobre,
julgo que não te esquecerás
de mim
– que preciso de tudo,
desde umas botas
usadas
que não metam água,
até um pouco
de pão,
para enganar
a fome.

Hoje,
que toda a gente
come
coisas boas,
lembrando
o teu
nascimento,
a fome
custa mais
a suportar,
roi
mais

dentro
e faz sentir
ódios
e maldades
e vontade
de dizer
palavras feias
– mesmo para ti,
Menino,
que parece
que te esqueceste
do frio
que já passaste
e só te lembras dos ricos,
que compram coisas caras
para os filhos,
dizendo-lhes
que foste tu
quem lhas mandou
do céu.

Para nós,

há chuva
e frio
e vento
e lama
e nortada.
E há fome
– há fome, Menino,
daquela que dói cá dentro
e até faz pôr labaredas,
mesmo em olhos de meninos!…

Hoje que ceei saudades
do que comi no outro dia
e, antes de ver
se adormeço,
vou descalçar
esta bota
e deixá-la
aqui,
à espera
dum presente
que me dês.

(Presente, não;
um futuro,
porque o presente que tenho
é bem pior
que o passado
que foi
bem pior
que o teu …)

Alfredo Reguengo
24/12/1969

Coincidências?

Não sou de intrigas e até acredito em coincidências. Mas é inevitável ficar sempre a suspeita a ser verdade o que está a ser veiculado por e-mail:

aviso (extracto nº 20 573/2007), a pessoa nomeada é Manuel Marques da Cunha Costa, familiar do Vereador, José Maria da Cunha Costa; aviso (extracto nº 20 574/2007) a pessoa nomeada é Maria Helena Monteiro de Oliveira Moura, filha do Presidente da Câmara, Defendor Oliveira Moura.

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Ora Phone-ix!

 Pergunta edite_estrela-dn.jpg eurodeputada do PS a Sócrates no debate no Parlamento Europeu: ” Como foi possível alcançar os resultados que alcançou enquanto Presidente do Conselho da UE e, simultaneamente, os resultados a nível interno? Quase parece que tem o dom da ubiquidade”.

Quem a fodesse!..

Imigrantes uma “espécie” maldita

As imagens de imigrantes perseguidos e algemados, após dois dias de viagem em alto mar, numa pequena embarcação sobrelotada, à fome e ao frio, arriscando a vida à procura de uma oportunidade, são imagens que nos deviam entristecer e revoltar, mais a mais, quando isto acontece num país que viveu estas situações, em particular nos anos sessenta e setenta, com milhares de portugueses a emigrar à procura do sonho de uma vida melhor. Tal e qual como agora o fizerem os 23 imigrantes marroquinos.

Choca-me saber que alguns foram perseguidos e algemados, como se de criminosos se tratassem. Choca-me que sejam chamados de clandestinos ou ilegais. Choca-me que sejam indesejados. A imigração é um direito. É por isso que abomino o nacionalismo ou o patriotismo, como queiram. As pessoas devem ser livres de escolher onde viver. Sem muros e sem fronteiras. Ser imigrante é um acto de grande coragem e dignidade. São pessoas que não se conformam com o destino que lhes querem traçar. Os imigrantes são pessoas à procura de uma oportunidade de vida. Afinal eles, como nós, apenas querem viver e ser felizes. É isto que os dirigentes políticos, com raras excepções, não querem perceber, envolvidos que andam em fazer a gestão do capitalismo e não a tentar resolver o problema das pessoas que sofrem.

Pagar entrada no Parque da Cidade? Não obrigado!

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A Câmara Municipal de Viana do Castelo pretender cobrar o acesso ao novo Parque da Cidade em fase final de construção, inserido no programa Polis de Viana do Castelo. Desagradado com esta decisão o CDS/PP tomou a iniciativa de promover uma petição popular.

Eu associo-me a esta campanha, apesar das diametrais diferenças políticas e ideológicas.

O fruir da natureza não deve ser pago. O Parque da Cidade é um espaço público pago pelos dinheiros públicos. O Parque da Cidade foi concebido para permitir aos utentes o convívio com a natureza, a educação ambiental, o lazer, a leitura, o encontro de diferentes gerações, de culturas e de classes sociais. E isso não deve ser pago. É um direito da cidadania e por isso deve ser sustentado pelos dinheiros (municipais) públicos.

Seria criminoso condicionar o acesso por motivos económicos. Os espaços naturais são de todos. Cobrar uma taxa de acesso é inaceitável do ponto de vista social e contrário ao princípio que animou a construção do Parque: “…potenciar o surgimento de um valioso espaço de convivialidade e animação urbana, de formação e informação ambiental e de fruição e contacto com o rio e com a natureza”.

O Parque natural é de todos. Mesmo que resulte de um aproveitamento notável de um espaço degradado. Não é um “condomínio” ambiental apenas para quem tenha possibilidades económicas. Mesmo estando murado.

Nunca irei aceitar o acesso pago seja qual for o valor ou porque como alguns dizem “noutros lados (em alguns) também se paga”. Não pagarei um cêntimo nem que isso implique nunca visitar este espaço público. E não pago por razões de princípio e também de solidariedade social. O Parque da Cidade “ …contribuindo para o fortalecimento da identidade e competitividade urbana de Viana do Castelo e para o reforço da sua afirmação urbana”, paga-se pelo dinamismo económico e cultural que os responsáveis souberem imprimir à cidade.

Assine a Petição!